por onde andei?

Sento aqui nesse canto escuro empoeirado que não visito há meses.

O sentimento é confuso, contraditório, sinuoso, desconexo, às vezes.

Desconcertante.
(Como um roupa esquisita que se veste e quando se anda na rua, parece que todos te olham. Mas ninguém te percebe, na verdade. Você que acha que exala incômodo a cada esquina.)

A lembrança viaja, o arrepio da nuca.
Fecho os olhos.
E aquilo me machuca.

Faço uma oração.
Nada me alivia.

Pesado coração
Desejo pungente.
E agora?

Me levanto.
- vou me embora.

Mas atravesso a porta a passos curtos e lentos para me convencer de ir.

a memória é meu único souvenir.


Nenhum comentário: