Épocas de transição de comportamento são tempos difíceis para a vanguarda. Imaginem o que foi para Leila Diniz aparecer grávida de biquini na praia pela primeira vez. Um escândalo. Mas ela teve que ir para hoje você poder fazer o mesmo. A evolução se alimenta da coragem daqueles que tiveram a audácia de ousar.
Eu não sou Leila Diniz. Pelamordeus, pretensão, segura tua onda. Mas que eu não sou como a maioria, isso eu não sou. Eu sou essa transição que alterna entre o velho e o novo. Entre o conservador e o progressista. E eu estou falando sobre sexo.
Conversando com algumas amigas, elas se questionam:
será que eles só querem me comer? Eu questiono de volta: Por que? É ruim? Eles não fazem bem feito? Qual o problema em você só querer dar?
Tem muito problema, senhoras e senhores. Uma mulher que faz sexo pelo prazer, pelo simples ato de gozar é quase uma puta. Só não é uma puta inteira porque ela não cobra por isso. Às vezes, não cobra nem o orgasmo. Porque a gente não gozar é até normal. O cara goza, ejacula, e pronto. O sexo acabou. Vira pro lado. Dorme. Não é absurdo, acontece muito.
Somos educadas [pela família, pela escola,
pela Globo] que sexo é algo próximo ao sagrado. Mas somente para nós mulheres. O cara sai, transa na primeira noite e quem não é valorizada? Nós.
Não, meu post não vai mudar o mundo. Nem sou tão revolucionária assim. Eu já falei mal de muita mulher que saiu transando por aí na primeira vez. Ou ainda, que na primeira vez que transou com o cara quis tudo. E por tudo eu to dizendo sexo anal e afins.
Porque, convenhamos, o nosso prazer é condicionado. É obrigação do cara tentar e é mais que nossa obrigação dizer não. E assim ele sabe que a gente vale a pena e é para casar.
Pois bem.
Se acreditamos que a anatomia humana é perfeita, o clitóris está ali por algum motivo. Descubram...